Novidades confirmadas nas faixas de renda e planos ousados para a entrega de casas novas. Relançado, o Minha Casa Minha Vida gera expectativas para o setor da construção.
Com uma política de subsídios reformulada, o programa promete atender a uma ampla variedade de públicos. A faixa 1 voltou e vai contemplar famílias com renda bruta de até R$ 2.640, enquanto a faixa 3, a mais alta, atenderá a famílias com renda de até R$ 8 mil nas áreas urbanas.
A promessa é de entregar 2 milhões de moradias até 2026, sendo que metade deve ser destinada para a faixa 1. O governo federal deve priorizar ainda a população mais vulnerável e estuda incluir pessoas em situação de rua como beneficiários. Outra novidade é a avaliação de fontes de energia renovável para uso nos conjuntos habitacionais.
Construtoras e mercado se animaram com as novidades, que proporcionaram valorização nos papéis de empresas como MRV e Tenda – esta chegou a registrar ganhos de 6%.
O grande ponto de atenção, no entanto, são os juros, que exigem mais poder de argumentação na hora da venda. A Selic segue em 13,75%, patamar que vem sendo questionado por parte do mercado, e que torna os financiamentos de longo prazo mais onerosos para o consumidor. Porém, a possibilidade de diversos públicos aproveitarem subsídios e fugirem do aluguel, sem dúvida, representa um novo ciclo de oportunidades para o imobiliário.