Pesquisa Avançada
Encontramos 0 resultados. View results
Pesquisa Avançada
encontramos 0 resultados
Resultados da sua pesquisa

IGP-M DEVE SEGUIR PRESSIONADO EM 2021 COM RETOMADA ECONÔMICA

Postado por admin em 27/03/2021
| 0

O coordenador do IPC do FGV IBRE, André Braz, estima que o IGP-M deve continuar pressionado neste ano, já que muitas economias do mundo estão com previsões otimistas em razão da vacina contra a Covid-19 – uma esperança para que a normalidade retorne no setor produtivo.

“À medida que a economia mundial aquece, ela também demanda mais produtos, que vão ficando mais caros”, explica.

Seguindo na projeção, Braz informa que a distância dos IGPs para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve se manter elevada durante 2021, e relembra a última vez que o IGP-M teve percentual semelhante ao atual. De acordo com ele, em junho de 2003 o indicador acumulava alta de 28,68%, reagindo às incertezas que a eleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva traziam para a economia.

Braz relembra que, à época, o IPCA também estava mais alto, mas a diferença entre os indicadores era menor. Ele afirma que, assim como o IGP-M, o índice havia respondido mais fortemente à desvalorização cambial de 2003.

“A atual talvez seja a maior diferença histórica acumulada dos dois e tem ligação com a Covid”, comenta o coordenador.

Conforme Braz, a incerteza econômica em razão da pandemia fez com que as pessoas gastassem menos, com o objetivo de contrair menos dívidas e não prejudicar o orçamento familiar. Isso obrigou que muitos preços não fossem reajustados e que o IPCA praticamente não andasse durante 2020, deixando a inflação represada e registrando apenas a variação dos alimentos.

 

Reajuste dos aluguéis deve passar por negociação com inquilinos:

Para o diretor do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe), da Ufrgs, Leonardo Xavier da Silva, o uso do IGP-M para reajustar contratos de aluguel é algo inusitado em um cenário de economia estável. O economista relembra a origem da prática na década de 1990, quando o IGP-M passou a ser adotado como indexador dos aluguéis.

“A gente tinha muita inflação e, como consequência disso, a necessidade dos proprietários de imóveis se resguardarem em relação às perdas que a inflação estava provocando”.

Silva entende que, em razão da alta do IGP-M, deve haver negociação entre proprietários de imóveis e inquilinos. Segundo ele, uma atualização no preço do aluguel no mesmo patamar do indicador é algo inimaginável. A saída seria retirar do contrato as atualizações com base no índice e adequar o aluguel com a realidade da renda das famílias.

O economista afirma que, se houver insistência por parte dos proprietários para a manutenção de um índice, que esse índice tenha um comportamento mais estável.

“Talvez o IPCA tenha essa capacidade, mas a dificuldade maior é, durante a vigência de um contrato, conseguir convencer o dono de um imóvel de que ele tem que trocar o indicador”, destaca Silva.

Ele ainda alerta que um aumento significativo nos aluguéis pode ocasionar em queda no número de imóveis alugados, e finaliza afirmando que o IGP-M tem a tendência de seguir subindo.

 

Fonte: Jornal do Comércio, Economia, 24/02/2021.

Compare Anúncios

Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar todos”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode acessar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.Configurações de CookiesAceitar tudoManage consent
WhatsApp chat