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INFLAÇÃO DO IGP-M É 412% MAIOR QUE O IPCA EM 2020

Postado por admin em 13/03/2021
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Quando o assunto é alta no custo de vida e o impacto no poder de compra do brasileiro, não há como fugir da inflação. Ela reflete o aumento nos preços de produtos e serviços tão necessários no dia a dia, como alimentos, moradia, educação, combustíveis e energia elétrica.

Entre os principais índices de inflação, no País, estão o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Quando se analisa o desempenho de ambos no último ano, o susto é grande: em 2020, o IPCA teve alta de 4,52%, enquanto o IGP-M subiu 23,14% – uma diferença de 412% nos dois indicadores de inflação.

Essa discrepância pode ser explicada pela composição de cada indicador. O IGP-M é uma variação do Índice Geral de Preços (IGP), que é o indicador do nível de atividade econômica do País e é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor do FGV IBRE, André Braz, explica que o IGP-M é uma média da inflação nos principais setores do Produto Interno Bruto (PIB), que leva em conta três índices de preços. A maior fração da composição do indicador, 60%, é ocupada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a inflação do agronegócio e da atividade industrial.

Na sequência, vem o Índice de Preço ao Consumidor (IPC), que mede a variação do custo de vida para as famílias e corresponde a 30%. Os 10% restantes são ocupados pelo Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que avalia a ampliação nos valores dos insumos utilizados na construção civil.

Já o IPCA, que é produzido mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mede apenas a inflação de produtos e serviços ligados ao consumo pessoal de famílias que possuem rendimento de 1 a 40 salários mínimos. Braz compara o índice ao IPC, que compõe o IGP-M, e afirma que o IPCA é mais restrito, já que não envolve outro setor, e também é menos sensível às mudanças cambiais.

O coordenador também avalia que muitos preços que compõem o IPCA acabaram não subindo em razão da pandemia, já que alguns serviços não estavam sendo oferecidos. Ele destaca que os preços dos alimentos também são analisados pelo índice e que foram impactados pela inflação do ano passado, subindo mais de 20%.

“O IGP-M é muito mais amplo, muito mais abrangente e também muito mais sujeito às variações cambiais”, explica Braz, da FGV.

De acordo com ele, sempre que há uma desvalorização grande do real em comparação com o dólar, o IGP-M acaba sendo afetado. Ele explica que isso ocorre porque os preços de muitos insumos agrícolas e industriais têm correlação grande com a taxa de câmbio, e muitos custos acompanhados pelo IPA são balizados pelo mercado internacional.

 

Fonte: Jornal do Comércio, Economia, 24/02/2021.

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